Considerada uma emergência médica, a retirada de corpos estranhos do nariz, do ouvido e do trato gastrointestinal é comum principalmente entre crianças, na faixa etária de 6 meses a 6 anos. Elas representam cerca de 80% deste tipo de atendimentos. Diferente dos adultos, as crianças não costumam falar sobre o assunto, exigindo dos pais e cuidadores atenção extra para identificar o problema.
Por exemplo, em casos de obstrução do nariz por grão de feijão, a criança, em geral, vai apresentar uma das narinas obstruída e até mal cheiro, caso leve alguns dias para o problema ser identificado. Grãos e peças pequenas de brinquedos também são comuns ir pararem nos ouvidos ou no estômago. Entre os principais sintomas que algo não vai bem, a criança pode apresentar dor intensa, vômitos, recusa à alimentação e saliva escura com sangue.
Cerca de 80 a 90% dos objetivos que entram pela boca passam sem nenhum problema pelo trato gastrointestinal, o que não diminui a gravidade do problema. A ingestão de pilhas, moedas, baterias ou insetos, ainda vivos, são consideradas emergência médica, ou seja, a criança deve ser levada imediatamente ao hospital, para que seja feita a retirada do objeto por meio seguro.
A outra parte (de 10 a 20%) apresenta algum risco de perfuração da parede do trato gastrointestinal, exigindo remoção via endoscópica – cerca de 1% necessita de cirurgia. Pelo esôfago ser a parte mais estreita do trato gastrointestinal (com a exceção do apêndice), a maioria dos corpos estranhos é encontrada nele.